AGRONEGÓCIO
Hidrovias avançam e podem ser caminho para reduzir custos e turbinar o agronegócio

Um estudo da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), divulgado nesta segunda-feira (13.10), revelou que o uso das vias hidroviárias economicamente navegáveis cresceu apenas 1,39% entre 2022 e 2024, passando de 20,1 mil quilômetros para 20,4 mil quilômetros, avanço puxado principalmente pela região Norte, que teve expansão de 3,56%. É pouco, mas os dados da Antaq ressaltam o papel estratégico das hidrovias para o escoamento de cargas e a integração regional.
Apesar desse crescimento, o Brasil ainda utiliza menos da metade do potencial de seus rios navegáveis. Hoje, 49% das hidrovias economicamente viáveis estão em operação, enquanto o país tem condições de aproveitar até 41,7 mil quilômetros dessas vias para o transporte de cargas. A diferença mostra que há espaço para expandir um modal que é mais barato, eficiente e sustentável do que o rodoviário.
Para quem produz no campo, investir nas hidrovias pode representar uma economia importante. A especialista Elisangela Pereira Lopes usa o exemplo do escoamento da soja: exportando pelo porto de Santos, só com caminhão, o custo chega a US$ 126 por tonelada. Se mistura ferrovia, cai para US$ 120. Já com a hidrovia na rota, desce ainda mais — para US$ 108. Nos Estados Unidos, onde hidrovias como o Rio Mississippi são amplamente usadas, o frete da soja até a China fica em US$ 67 a tonelada, quase metade do valor brasileiro.
No Brasil, corredores como os rios Tocantins, Tietê-Paraná, Tapajós e Madeira poderiam ser os “Mississipis” do agro nacional, ajudando a baixar custos e tornar o produto brasileiro ainda mais competitivo. Mas falta investimento em dragagem, derrocamento e manutenção. Enquanto isso, os produtores seguem dependendo do caminhão, que além de custar mais, depende das condições das estradas.
Outro desafio importante é a armazenagem. Em estados líderes como Mato Grosso e Goiás, a capacidade de estocagem encolheu nos últimos anos, de mais de 90% da produção em 2010 para menos de 50% agora. E não é só no campo — mesmo onde existe algum espaço ocioso, a infraestrutura é antiga, pouco moderna.
Para que isso mude, é fundamental ampliar o crédito para construção de armazéns, inclusive para empresas que prestam serviço aos produtores. Também entra na lista investir em modernização de silos, qualificação de quem lida com armazenagem, novas formas de financiamento, como os Fiagros, e facilitar o acesso de pequenas e médias propriedades a soluções adequadas à sua realidade.
A proposta é que governo e iniciativa privada atuem juntos, ajudando o produtor a ganhar tempo, reduzir despesas e ampliar o lucro. Com mais hidrovias ativas, melhor infraestrutura de armazenagem e logística eficiente, o campo brasileiro fica ainda mais potente e preparado para competir de igual para igual com outros grandes players do agro mundial.
Fonte: Pensar Agro


AGRONEGÓCIO
Vassoura-de-bruxa avança e ameaça a mandioca em dez municípios do Amapá

O Ministério da Agricultura e Pecuária está coordenando uma força-tarefa integrada com órgãos estaduais e federais, destinando mais de R$ 2,2 milhões em recursos emergenciais para conter a vassoura-de-bruxa da mandioca, uma doença causada pelo fungo Ceratobasidium theobromae, se espalhou rapidamente e já afeta ao menos dez municípios no estado do Amapá.
Nas cidades de Oiapoque, Calçoene, Amapá, Pedra Branca do Amapari, Porto Grande, Pracuúba e Tartarugalzinho, a situação de emergência foi reconhecida oficialmente pelo governo federal, abrindo caminho para a liberação de recursos e apoio direto aos produtores atingidos.
A mandioca é base da alimentação e fonte de renda de milhares de famílias, incluindo comunidades indígenas. A praga compromete a produtividade das lavouras e altera a qualidade do produto, impactando diretamente a segurança alimentar e o abastecimento local. O aspecto das plantas contaminadas — folhas amareladas, brotação atípica, raízes apodrecidas — é sinal de perdas que em algumas roças já são totais.
A defesa sanitária está distribuição de mudas sadias e dando apoio à comercialização, para garantir renda e abastecimento, além disso foram flexibilizadas regras sobre a venda e processamento da mandioca e da farinha, permitindo que pequenos produtores comercializem diretamente e realizem o beneficiamento nas comunidades rurais.
A Embrapa trabalha no desenvolvimento de variedades tolerantes à doença. Enquanto não há solução definitiva, cartilhas educativas orientam sobre prevenção da disseminação, incluindo cuidados com as ferramentas e protocolos de higiene rural. Iniciativas como o treinamento de agentes ambientais indígenas ajudam a levar as práticas de combate do fungo às aldeias mais isoladas, onde o acesso à assistência técnica é limitado.
O cenário é de atenção e mobilização, já que não há, até o momento, variedade resistente ou tratamento curativo disponível. Para muitos agricultores, perder a mandioca é perder sua principal fonte de sustento, afetando não só a produção, mas toda a estrutura social e alimentar da região. O sucesso da resposta depende da continuidade dos investimentos, ações conjuntas e da chegada rápida de alternativas seguras às áreas mais isoladas, fundamentais para garantir alimento e renda às famílias do Amapá.
Fonte: Pensar Agro
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