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Dia da Consciência Negra: iniciativa fortalece turismo étnico em SP

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Afroturismo ganha força no Estado de SP
Rafael Smaira/Rotas Afro

Afroturismo ganha força no Estado de SP

São Paulo agora está entre os estados brasileiros que decidiram transformar o Dia Nacional da Consciência Negra em feriado — anteriormente, fora da capital, o dia 20 de novembro era considerado como ponto facultativo. Para celebrar a data, a Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP) está disponibilizando informações sobre o Afroturismo, segmento que vem ganhando destaque nos últimos anos.

Para proporcionar experiências com esta vertente, São Paulo já conta com um trabalho de grupos dedicados em contribuir para que o turismo afro seja mais reconhecido e o legado dos negros na formação da sociedade seja mais valorizado.

A decisão leva em consideração o fato de que, segundo dados oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população negra representa 56% da população brasileira como um todo.

“O governo de SP pretende fortalecer o debate sobre o povo e a cultura africana presente em todo Brasil, seja por meio do turismo, da política, da religião, da gastronomia, da música e tantas outras áreas”, destacou o secretário de Turismo e Viagens de SP, Roberto de Lucena.

Várias são as cidades do Brasil em que o turismo afrocentrado tem crescido e o estado de São Paulo tem inúmeros exemplos disso. O turismo quer contar estas histórias e já está colocando estes produtos nas prateleiras porque são inúmeros os atrativos e os personagens emblemáticos que remetem aos negros, e que só agora começam a aparecer em roteiros de turismo e guias de viagem.

Considerados embaixadores do Afroturismo, o Guia Negro é uma plataforma que realiza experiências turísticas em diversas cidades brasileiras, faz consultorias, produção independente de conteúdo sobre viagens, cultura negra, afroturismo, movimentos e black business.

Segundo Guilherme Soares Dias, fundador da plataforma, viajar é uma experiência transformadora e precisa ser mais inclusiva. “O afroturismo é crescente no estado de SP, há diversas experiências que foram ganhando forma. Vemos mais procura e mais possibilidades de conhecer a cultura e história negro. Os turistas que vem ao estado de SP e se deparam com esses lugares, se surpreendem com tantas opções e tem a oportunidade de conhecer as cidades com o olhar do protagonismo negro. Acreditamos que esse é um caminho sem volta”, explicou Guilherme.

Afroturismo ganha força no Estado de SP
Robson Ribeiro/Rotas Afro

Afroturismo ganha força no Estado de SP

Ele garante que em São Paulo há diversos empreendimentos voltados para o tema, como a Rota da Liberdade e a Rota Afro , que proporcionam experiências de turismo afrocentrado incluindo tours guiados, viagens, hospedagem, passeios para quilombos e tours com enfoque nas religiões de matriz africana.

Afroturismo ganha força no Estado de SP
Afroturismo ganha força no Estado de SP
Afroturismo ganha força no Estado de SP
Afroturismo ganha força no Estado de SP

Nas experiências oferecidas por esses grupos de empreendedores são mostrados aos turistas estrangeiros e brasileiros, além da população local, o quanto os africanos e seus descendentes têm participação central na construção do nosso país, principalmente nas cidades históricas e mais turísticas.

Rota da Liberdade

Solange Barbosa, historiadora e turismóloga é pioneira do Afroturismo no estado de São Paulo com a Rota da Liberdade, lançada em 2006, pela Setur-SP, na cidade de Sorocaba.

A Rota da Liberdade foi eleita em 2009 como um dos 10 melhores projetos de Geoturismo do Mundo no Desafio da Ashoka/National Geographic, em 2021 e foi eleita um dos três melhores projetos de Turismo Sustentável no Desafio Ashoka/CTH Brasil

Já em 2011, Solange foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes do Turismo Brasileiro pelo Portal PanRotas e uma das 40 pessoas mais influentes do Turismo Sustentável no mundo pelo Global Shakers.

A Rota da Liberdade destaca os roteiros no Quilombo da Fazenda em Ubatuba, local que a comunidade pratica o Turismo de Base Comunitária e é reconhecida nacional e internacionalmente por sua gastronomia e também pela Casa da Farinha, Patrimônio Material de Ubatuba.

Outro destaque é o roteiro com o Quilombo Cafundó em alto de Pirapora, um pedacinho de Angola no Estado de SP, que trabalha diversos aspectos da cultura afro-brasileira, com destaque para a produção autoral de moda, realizando estamparia botânica com folhas, flores e sementes do Quilombo. Também destaca a Caminhada Negra em Pindamonhangaba e o roteiro no Centro Cultural Afro-brasileiro e Biblioteca Zumbi dos Palmares na cidade de Taubaté.

“Hoje temos roteiros de Afroturismo em todo o Estado de São Paulo, que é uma vertente do turismo cultural, e trata o setor com base em comunidades negras. Significa conhecer, reviver, respeitar e vivenciar aspectos da história e da cultura negra”, disse a historiadora.

Rotas Afro

O Rotas Afro é uma iniciativa de museologia social e preservação da memória afro-brasileira focada no interior de São Paulo que conta as histórias negras das cidades através de caminhadas turísticas, culturais e tecnológicas. Reconhecido como Ponto de Memória pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), tem como objetivos contribuir com a construção de imaginários positivos acerca da história do povo negro no Brasil e promover espaços de descoberta de uma nova cidade. O Rotas Afro atua em Piracicaba , Campinas , Vinhedo e Rio Claro .

Fonte: Turismo

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TURISMO

Destinos dos Famosos: Itu, a cidade dos exageros e berço da República

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Ana Hickmann, Carlos Alberto de Nóbrega e Neymar
Reprodução/Instagram – 07.12.2023

Ana Hickmann, Carlos Alberto de Nóbrega e Neymar

A cidade de Itu, localizada no estado de São Paulo , a 100 km de distância da capital, tem uma história rica e fascinante. A economia local foi se desenvolvendo com as monções e expedições fluviais, e depois com o estabelecimento de famílias e o surgimento das fazendas que exploravam o cultivo da cana-de-açúcar. A partir de 1777, Itu cresceu em função da exportação de açúcar para a Europa.

Em 1842, a região foi elevada à cidade e, a partir de 1850 e durante anos, Itu foi considerada a cidade mais rica da Província de São Paulo, com importante participação na vida política e econômica da região.

Além de sua história, hoje Itu é conhecida pelos muitos títulos que ganhou ao longo dos anos, como “Boca do Sertão”, “A Fidelíssima”, “Roma Brasileira”, “Berço da República”, “Cidade Cinema” e “Cidade dos Exageros”, tornando-a famosa por todo o país. A cidade do interior paulista já recebeu famosos como Ana Hickmann, Neymar e Carlos Alberto de Nóbrega.

“A cidade de Itu foi fundada em 1610 em um período colonial marcado pela exploração e descobertas dos Bandeirantes, que fixaram moradias ao longo do curso do rio Tietê, criando grandes fazendas que supriram o ciclo do açúcar e cafeeiro ao longo dos séculos”, contextualiza Débora Candiani, guia de turismo.

Atrações

Entre as atrações turísticas da cidade estão opções como:

  • Praça dos Exageros;
  • Parque do Varvito;
  • Centro Histórico de Itu;
  • Museu do Quartel;
  • Fazenda do Chocolate;
  • Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelária;
  • Museu Republicano;
  • Museu da Energia de Itu;
  • Praça da Matriz

“A Praça dos Exageros conta com objetos em tamanho gigante e atende a todas as idades, mexe com o lúdico de cada pessoa e principalmente das crianças. A praça foi criada em homenagem ao comediante Simplício”, conta a guia de turismo Camila Melo.

Itu é conhecida como a “Cidade dos Exageros”, graças ao humorista ituano Francisco Flaviano de Almeida, que interpretava o caipira Simplício no programa “A Praça é Nossa”, do SBT. Na atração televisiva, o ator contava histórias sobre sua terra natal, sempre de forma exagerada.

Essa brincadeira ganhou fama nacional e intensificou o fluxo de turistas interessados em conhecer os objetos gigantes da cidade, como, por exemplo, o orelhão e o semáforo, que se tornaram ícones emblemáticos de Itu.

Já o Parque do Varvito é um local que remonta à era glacial, de aproximadamente 280 milhões de anos atrás, destacando a importância dessa rocha para a região. No centro de Itu, a Igreja Nossa Senhora da Candelária, o maior exemplo do Barroco Paulista; o coreto na praça; as lojas de souvenirs; e o conjunto arquitetônico do século 19 são outros pontos turísticos imperdíveis.

O Museu do Quartel abriga um acervo histórico que conta a história do Exército da cidade e do Colégio São Luís. O acervo inclui uniformes militares do século 20, material de saúde usado nas Guerras Mundiais e homenagens aos homens que contribuíram para a construção da cidade e do Exército Brasileiro.

Já a Fazenda do Chocolate oferece uma visão do caminho percorrido pelos Bandeirantes. Localizada às margens do rio Tietê, os visitantes podem conhecer animais da fazenda e desfrutar de várias atividades, como passeios de trenzinho e quadriciclo, além de uma loja de chocolates, adega, restaurante e cafeteria. “É uma excelente opção de lazer para famílias e grupos de excursão”, afirma Camila.

O Museu Republicano de Itu era originalmente a casa da família Almeida Prado. “Foi neste local que ocorreu, em 18 de abril de 1873, a reunião da Convenção que resultou na criação do Partido Republicano Paulista (PRP). A reunião contou com a participação de 133 ricos fazendeiros que desejavam substituir o governo imperial pela República. No entanto, a mudança só ocorreu 16 anos depois. Em 1923, durante o governo de Washington Luís, o sobrado foi adquirido e adaptado para marcar este fato histórico. Por isso, Itu ganhou o título de ‘Berço da República’”, explica Janete Vieira Beltrame, guia de turismo regional.

“Itu ainda abriga os frondosos casarões bandeirantistas nas fazendas históricas. O turista pode conhecer alguns deles: Fazenda Concórdia, Chácara do Rosário, Fazenda da Serra — conhecida por Fazenda do Chocolate —, Fazenda Capoava, Fazenda Cana Verde e Fazenda Santo Antônio da Bela Vista. Algumas fazendas são abertas ao público, outras somente mediante agendamento prévio”, completa Débora.

“O turista que vem a Itu não pode deixar de fazer o passeio do Trem Republicano. Este passeio, que dura em média 50 minutos, é uma volta ao passado, uma homenagem aos nossos antepassados e uma forma de entender como o Brasil cresceu e se desenvolveu a partir da chegada da ferrovia”, destaca a guia Janete.

O que fazer de dia e à noite?

Camila afirma que todas as atrações podem ser visitadas durante o dia, e de preferência sem chuva.

“A vida badalada de uma cidade do interior, como Itu, é mais tranquila, mas temos ótimas opções de restaurantes como Bar do Alemão. Aos que preferem comida japonesa, temos o Hioki Sushi e o Hoka Hoka, outra opção também é o Plaza Shopping Itu. O centro também possui seus barzinhos, localizados na Praça da Independência [Praça do Carmo] e temos também opções de lanches gigantes na Praça Padre Miguel [Praça do Orelhão]”, afirma Camila.

“À noite temos restaurantes que fazem a felicidade do turista, principalmente com o prato tradicional que é a Parmegiana”, completa Janete.

Preço médio e conselhos

“Itu não é uma cidade muito barata, no entanto, mesmo no Centro Histórico é possível encontrar lugares para almoçar bem e pagando pouco. Alguns restaurantes ao redor da Praça da Independência, por exemplo, oferecem self-service a baixo custo”, afirma Débora.

Além disso, grande parte dos atrativos turísticos de Itu possuem entrada gratuita, e quando não, são com preços acessíveis. “Na Fazenda do Chocolate, por exemplo, paga apenas o que consumir”, expõe Camila. “Em restaurantes, temos pratos com preços a partir de R$ 40 chegando até a opções à la carte mais sofisticadas, que custam R$ 159.”

“Venham preparados para aproveitar ao máximo essa experiência, porém, os atrativos não são tão próximos, e exigem o descolamento. Outra dica muito importante é pesquisar os horários de funcionamento deles, mas isso o guia de turismo pode orientar também”, aconselha Camila.

Quando ir a Itu?

Itu acolhe turistas de todo o Brasil durante o ano inteiro, independentemente da estação, afirmam as guias. “Os visitantes são sempre bem-vindos, mas é importante lembrar que o interior paulista pode ser bastante quente, mesmo no inverno, que é frequentemente abafado. É recomendado que os turistas usem roupas leves, calçados confortáveis, protetor solar, óculos de sol e bonés, e sempre tenham uma garrafinha de água à mão.”

Janete complementa dizendo que a cidade tem pouca chuva, mas nos meses de março a agosto, a temperatura tende a diminuir.

“Itu é uma cidade abençoada em termos climáticos. No entanto, não é recomendado visitá-la durante períodos chuvosos, pois o Parque do Varvito fecha por questões de segurança. Mas se a visita for no verão, os turistas podem aproveitar para experimentar o famoso Sorvetão de Itu”, conclui Débora.

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Fonte: Turismo

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