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Janeiro Branco: MS inicia neste ano campanha de promoção da saúde mental

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Praticar atividade física, melhorar a alimentação, ler mais, trabalhar menos, mudar de emprego, viajar… E que tal, nessa lista de desejos e projetos deste primeiro dia do ano, incluir: cuidar da saúde mental? Esse é o convite da campanha Janeiro Branco, realizada, neste ano, pela primeira vez em Mato Grosso do Sul com base em uma lei estadual. A iniciativa visa combater estigmas e preconceitos por meio de ações educativas e, assim, contribuir para a promoção de uma cultura de cuidado da saúde mental.

Em nível nacional, o Janeiro Branco foi instituído pela Lei Federal 14.556/2023. Em Mato Grosso do Sul, a campanha foi criada pela Lei 6.256/2024, aprovada pelo Parlamento Estadual em junho do ano passado. Portanto, este é o primeiro janeiro da campanha estadual. A lei prevê a realização, neste mês, de ações educativas e preventivas pelo poder público estadual, iniciativa privada e outros setores da sociedade civil organizada.

“Janeiro Branco é uma campanha voltada para a urgência de olhar para um tema que por muito tempo permaneceu invisível: a saúde mental”, afirmou a deputada Mara Caseiro (PSDB), autora da lei estadual. A parlamentar também chama a atenção para a procura, que ainda é relativamente baixa, por ajuda profissional – de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), oito em dez pessoas que precisam desse acompanhamento não o buscam. “Muitas vezes, isso ocorre porque os sinais são ignorados, minimizados ou envoltos em preconceitos”, considerou.


Nas sombras: Ainda é significativa a parcela que não busca ajuda

(Foto: Luciana Nassar)

Enfrentar esses preconceitos é uma das finalidades do Janeiro Branco. “Depressão, ansiedade, estresse crônico e outros transtornos não são ‘frescura’ ou fraqueza; são questões de saúde que exigem atenção, empatia e tratamento adequado”, alerta a deputada. “A Lei Janeiro Branco busca justamente iluminar essas questões, promovendo o diálogo e quebrando tabus”, acrescentou.

A realização da campanha em janeiro, mês em que muitas pessoas delineam projetos e planos, oportuniza a reflexão e a decisão de cuidar melhor da saúde mental. “É um convite para que cada pessoa reflita sobre seu estado emocional, identifique sinais como isolamento, mudanças de humor, dificuldade em dormir ou em realizar tarefas diárias, e busque ajuda profissional quando necessário”, afirma Mara Caseiro. “Cuidar da mente é tão essencial quanto cuidar do corpo. Reconhecer que precisamos de ajuda é um ato de coragem e autocuidado”, enfatiza.

O cuidado com a saúde mental em números

As preocupações externalizadas pela deputada encontram respaldo em estatísticas sobre a atenção dos brasileiros à saúde mental. Conforme o Panorama da Saúde Mental, publicação semestral do Instituto Cactus, entidade ligada à promoção do bem-estar psíquico, em parceria com a AtlasIntel, empresa especializada em pesquisas e dados, 62,5% dos brasileiros não utilizam ser­viços de saúde mental.

O levantamento, relativo ao primeiro semestre do ano passado, também mostrou que, na época da pesquisa, apenas 5% dos brasileiros faziam psicoterapia. Essa parcela é três vezes menor que o de pessoas que fazem uso contínuo de medicação para problemas emocionais, comporta­mentais ou relacionado ao uso de substâncias, que foi de 16,6%. Ainda conforme a publicação, somente 19% dos entrevistados afirmaram ter consultado algum psi­quiatra ou psicólogo nos últimos 12 meses.

Para acessar a publicação mais recente, clique aqui.

Conscientização no enfrentamento aos estigmas e preconceitos

A procura por serviços de saúde mental aquém do que as pessoas precisam é provocada por diferentes fatores, conforme observa a psicóloga Simone Rodrigues de Melo Constantino, especialista em Psicologia da Saúde. “Isso acontece por diversos motivos: seja por estigma ou preconceito, em que muitas pessoas têm medo de serem julgadas ou mal compreendidas; seja por dificuldade de reconhecer os sinais e sintomas de algum problema mental ou por subestimar sua gravidade, acreditando que consegue lidar e resolver as questões por conta própria”, menciona.


Simone Rodrigues: “Não é preciso passar por isso sozinho”

(Foto: Arquivo pessoal)

Apesar disso, é possível perceber avanço na preocupação quanto à saúde mental. “Isso ocorre principalmente pelo aumento de movimentos de conscientização sobre a importância da saúde mental. As campanhas, como o Janeiro Branco, ajudam a desmistificar o tema e trazer um debate mais aberto sobre formas de se cuidar, prevenir o adoecimento mental e cuidar do próximo também”, observa a psicóloga.

Atenção aos sinais

Os sinais de alerta de que alguma coisa não está bem não devem ser ignorados. Alterações de humor, tristeza contínua, irritabilidade aumentada e ansiedade excessiva são alguns indícios de problema de saúde mental, segundo informa Simone Rodrigues. “Também uma falta de energia e motivação, com uma sensação de constante desânimo e perda de prazer em atividades que antes eram prazerosas. Além disso, alterações no sono e no apetite, dificuldade de concentração e pensamentos negativos como ideais fixas de inutilidade e desesperança são sinais de alerta”, acrescentou.

Ninguém precisa encarar sozinho esses problemas. Deve, ao contrário, buscar apoio. “É importante lembrar que é normal enfrentar dificuldades, mas não é preciso passar por isso sozinho. Qualquer sofrimento psíquico que interfira na qualidade de vida ou nas atividades diárias deve ser avaliado por um profissional de saúde mental. Falar sobre o que sente, contar com pessoas de confiança e buscar ajuda especializada são passos importantes para cuidar de si”, orienta a psicóloga.

Livro digital

O enfrentamento de estigmas e preconceitos passa pela construção de uma cultura de atenção e cuidado com a saúde mental. E essa mudança cultural precisa ter início já na infância. No entanto, falar de assunto tão delicado é difícil, ainda mais quando a conversa é com crianças. É nesse sentido que a Comunicação Institucional da ALEMS produziu um livro, que busca se somar aos materiais que tratam sobre o tema em linguagem infantil.

Intitulado “Para onde vai o buraco quando o tatu fica feliz?”, o livro narra a história do tatu Feliz que perde a alegria após um temporal que deixa o tempo cinza e transforma o pequeno buraco em enorme depressão. Tudo é metafórico – no caso do buraco, a metáfora é das ausências, do isolamento, da depressão. O material faz parte da coleção “Cidadania é o bicho”, que trata sobre variados temas, usando como personagens animais do Pantanal.

Para acessar o livro “Para onde vai o buraco quando o tatu fica feliz?”, clique aqui. Para ter acesso a todos os livros da coleção, clique aqui.

Serviço:

Veja alguns locais e entidades que podem ajudar no cuidado com a saúde mental:

Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) – veja a relação das unidades.

Grupo Amor Vida (GAV) – oferece apoio emocional de forma gratuita.

As universidades também oferecem atendimento psicológico gratuito:

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Psicologia Unigran Capital.

Clínica-Escola da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).

Fonte: Assembleia Legislativa de MS

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Retrospectiva: Meio ambiente, pauta de destaque no trabalho parlamentar em 2024

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O gesto de dois parlamentares de plantar mudas de ipê no dia 5 de junho de 2024, Dia do Meio Ambiente, é simbólico em se tratando de um dos destaques da atuação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) no ano passado: o enfrentamento de problemas ambientais e a promoção de um estado mais sustentável.

Apresentação de projetos, aprovação de leis, manifestações de defesa da natureza sul-mato-grossense, sobretudo do bioma do Pantanal, realização de eventos, abertura de espaço para discussão de demandas diversas e debates e encaminhamentos relativos a problemas ambientais estão entre as ações que demonstram o compromisso da ALEMS com o meio ambiente.

No Dia do Meio Ambiente, os deputados Paulo Corrêa (PSDB), 1º Secretário da ALEMS, e Caravina (PSDB) plantaram mudas de ipê roxo como forma de simbolizar a atenção do Parlamento estadual às pautas ambientais. “Este ato tem um simbolismo muito grande. Isso porque a Assembleia Legislativa cumpre a sua missão de proteger o nosso meio ambiente. As leis que aprovamos aqui mostram isso”, afirmou, na ocasião, Paulo Corrêa, acrescentando que o ato atendeu pedido do presidente Gerson Claro (PP) com a concordância dos demais parlamentares.

Em sua simplicidade, esse ato simboliza a atenção que a Casa de Leis tem dado a questões ambientais. Essa preocupação pode ser notada, por exemplo, na realização de reuniões e outros eventos, que possibilitaram debates com atores de segmentos diversos ligados ao meio ambiente. Foram realizados, com temáticas ambientais, três seminários com a iniciativa e a participação da ALEMS: o V Seminário Estadual da Água, no dia 18 de março, o II Seminário Estadual do Leite, em 4 de junho, e o VII Seminário Estadual da Guavira, nos dias 31 de outubro e 1º de novembro.

Além dos que ocorreram nesses eventos, debates e encaminhamentos sobre meio ambiente também tiveram lugar em outros momentos proporcionados pela Casa de Leis. No dia 6 de junho, por exemplo, durante a semana do Dia Mundial do Meio Ambiente, acadêmicos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) visitaram a ALEMS e apresentaram pontos de atenção ambiental do estado, como a importância do reconhecimento do Chaco como um bioma.

As discussões aconteceram, ainda, em reuniões de comissões e frentes parlamentares. É o caso de reuniões da Comissão Permanente de Desenvolvimento Agrário, Assuntos Indígenas e Quilombolas, como a realizada no dia 26 de junho, quando foram debatidos problemas de comercialização dos produtos da agricultura familiar. Outro exemplo desses momentos foi a reunião, no dia 27 de maio, com representantes do Fórum Nacional de Combate aos Impactos de Agrotóxicos e Transgênico (FNCIAT). Nesse evento, foi debatida proposta de regulamentação da aplicação aérea de agrotóxicos na agricultura de Mato Grosso do Sul.


Acadêmicos de Ciências Biológicas da UFMS em visita à ALEMS

(Foto: Aline Kraemer)

As sessões ordinárias também foram espaço para debates sobre problemas relativos ao meio ambiente. Na sessão do dia 11 de julho, por exemplo, os deputados discutiram a seca e o assoreamento dos rios de Mato Grosso do Sul. Na ocasião, o deputado Pedro Kemp (PT) subiu à tribuna e mostrou fotos dos rios Miranda e Taquari e apresentou dados sobre a redução acentuada do volume das bacias hidrográficas do estado. Entre outros assuntos, as queimadas no Pantanal foram debatidas em ocasiões diversas, como na sessão ordinária do dia 11 de junho.

Leis

Durante 2024, também foram aprovadas pelos parlamentares leis que reforçam, em frentes diversas, a legislação sul-mato-grossense de defesa do meio ambiente. Na relação de normativas, estão, por exemplo, a Lei 6.224/2024, que estabelece o 3 de setembro como o Dia do Biólogo, e a Lei 6.274/2024, que institui o Dia da Agricultura Irrigada, celebrado em 15 de junho.

Os deputados também aprovaram a Lei 6.292/2024, que cria o Dia Estadual de Observação de Aves, comemorado em 28 de abril. Foi, ainda, instituído pela Lei 6.291/2024 o Dia Estadual de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, celebrado, anualmente, em 29 de setembro. Outro exemplo é a aprovação da Lei 6.352/2024, que cria a Semana de Conscientização do Descarte Adequado do Lixo Perfurocortante, realizada na semana em que cai o dia 16 de maio.

Projetos

Além das leis aprovadas, há propostas tramitando no Parlamento que tratam sobre o enfrentamento da violência contra animais, valorização das espécies regionais, preservação ambiental, redução do lixo, entre outras disposições.

Entre essas proposições, estão os Projetos de Lei 289/2024 e 290/2024, ambos de autoria do deputado Junior Mochi (MDB). A primeira proposta institui a arara-azul como ave símbolo de Mato Grosso do Sul e a segunda torna o tuiuiú a ave símbolo do Pantanal sul-mato-grossense.

Também tramita na ALEMS o  Projeto de Lei 293/2024, proposto pelo deputado Lucas de Lima (sem partido) e que proíbe o acorrentamento e o confinamento de cães e gatos em locais e condições impróprias. Outra matéria em tramitação é o Projeto de Lei 203/2024, do deputado Lidio Lopes (Patriota), que dispõe sobre a implantação de pontos de travessia de animais silvestres por, sob ou sobre as estradas, rodovias e ferrovias, em todo o território estadual.

Como exemplo de propostas ambientais, também estão os Projetos de Lei 136/2024 e 156/2024. O primeiro, de autoria da deputada Mara Caseiro (PSDB), estabelece diretrizes para implantação do Programa Lixo Zero em Mato Grosso do Sul. Já o segundo, proposto pelo deputado Gerson Claro (PP), institui o Programa Adote uma Nascente, que visa à preservação de nascentes e à recuperação das que estão em áreas degradadas.

Livros infantis


Página do livro “Memórias de um Ipê Amarelo” 

(Arte: Luciana Kawassaki)

Além dessas e outras iniciativas, a ALEMS, por meio da Comunicação Institucional, também desenvolve um produto que ajuda na construção da consciência ecológica. Trata-se da coleção “Cidadania é o Bicho”, que usa animais do Pantanal como personagens para tratar de várias temáticas ligadas a direitos humanos e democracia.

A preocupação com a natureza sul-mato-grossense é enfatizada, de modo direto, em um dos livros: o “Memórias de um Ipê Amarelo: A história de uma amizade nutrida pela preservação ambiental”, escrito pelas jornalistas Fernanda Kintschner e Gláucia Jandre. O livro narra a história de um resistente ipê e de um corajoso beija-flor, que estimulam a bicharada pantaneira na luta contra as queimadas.

Serviço

Para saber mais sobre as atividades legislativas na defesa do meio ambiente, acesse a página multimídia “ALEMS Sustentável” e as seções de projetos e proposições, das comissões e das frentes parlamentares. Há, na ALEMS, três comissões permanentes e cinco frentes parlamentares que tratam, diretamente, de questões ambientais.

Veja a relação de comissões e frentes parlamentares ligadas ao meio ambiente:

Comissões

Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira

Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Comissão de Desenvolvimento Agrário, Assuntos Indígenas e Quilombolas

Frentes parlamentares

Frente Parlamentar em Defesa da Cadeia Produtiva da Pesca

Frente Parlamentar em Defesa dos Animais

Frente Parlamentar de Recursos Hídricos

Frente Parlamentar para o Desenvolvimento das Unidades de Conservação

Frente Parlamentar das Energias Renováveis

Fonte: Assembleia Legislativa de MS

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