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Exportações de ovos brasileiros disparam impulsionadas por demanda dos EUA

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As exportações brasileiras de ovos, tanto in natura quanto processados, registraram um crescimento expressivo em abril de 2025, mantendo a tendência de alta observada desde o início do ano. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o Brasil exportou 4,34 mil toneladas de ovos no mês, volume 15% superior ao de março e 271% acima do registrado em abril de 2024.

Os Estados Unidos consolidaram-se como o principal destino dos ovos brasileiros, sendo responsáveis por 65% do total exportado em abril, o que equivale a 2,86 mil toneladas. Esse volume representa um aumento de 45% em relação a março.

A forte demanda norte-americana por ovos brasileiros está relacionada a uma combinação de fatores internos e externos. Nos EUA, surtos de gripe aviária afetaram a produção local, reduzindo a oferta e elevando os preços. Além disso, questões logísticas e sanitárias têm dificultado a reposição rápida dos estoques, levando importadores a buscar fornecedores confiáveis, como o Brasil.

Por outro lado, a indústria avícola brasileira tem investido em melhorias sanitárias e na ampliação da capacidade produtiva, o que permite atender a mercados exigentes e aproveitar oportunidades comerciais.

Especialistas apontam que, se mantido o ritmo atual, o Brasil poderá alcançar um novo recorde anual de exportações de ovos em 2025. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta um crescimento de 62% nas exportações em relação ao ano anterior.

No entanto, o setor enfrenta desafios, como a necessidade de diversificar mercados para reduzir a dependência de um único comprador e de manter os padrões sanitários exigidos internacionalmente. Além disso, fatores como a volatilidade cambial e os custos de produção podem impactar a competitividade dos produtos brasileiros.

O desempenho das exportações de ovos brasileiros em 2025 reflete a capacidade do setor de responder a demandas internacionais e de se adaptar a cenários desafiadores. A consolidação do Brasil como fornecedor de ovos para os Estados Unidos destaca a importância de políticas públicas e investimentos privados que fortaleçam a cadeia produtiva e ampliem a presença do país no mercado global.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Safra 25/26 de soja deve crescer, mas doenças ainda impõem cautela

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O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou nesta semana sua primeira projeção para a área plantada com soja na safra 2025/26 em Mato Grosso. A estimativa aponta crescimento de 1,67% em relação ao ciclo anterior, totalizando 13 milhões de hectares destinados à oleaginosa no estado.

Mesmo com o avanço, o ritmo de expansão é considerado moderado. Segundo análise do instituto, a valorização da soja nos mercados ainda é limitada, o que tem levado muitos produtores a adotar uma postura cautelosa em relação à abertura de novas áreas ou ao aumento expressivo de investimentos.

Entre as regiões mato-grossenses, o Norte e o Nordeste lideram a expectativa de crescimento, com aumento estimado de 3,07% e 3,00% na área plantada, respectivamente. Nas demais regiões, o crescimento foi mais tímido, o que ajuda a explicar a média geral de avanço moderado.

O Imea destaca que o comportamento do mercado nas próximas semanas será fundamental para a consolidação ou revisão dessas projeções, considerando que parte significativa da safra 2024/25 ainda está em fase de colheita ou encerramento de ciclo.

A evolução da área plantada, no entanto, não é o único ponto de atenção para os produtores. As doenças que afetam a cultura da soja continuam sendo fator de preocupação, especialmente a mancha-alvo e a cercosporiose, que vêm se consolidando como os principais desafios fitossanitários no estado.

Dados recentes de instituições de pesquisa agropecuária apontam que, nas safras 2023/24 e 2024/25, essas duas doenças se mantiveram entre as mais severas, independentemente das condições climáticas. O aumento na incidência tem exigido ajustes nos protocolos de manejo e reforço nas estratégias preventivas, incluindo controle químico e escolha adequada de cultivares.

A mancha-alvo, por exemplo, pode causar perdas de produtividade superiores a 30% se não for controlada com rigor técnico. Já a cercosporiose tem se mostrado resiliente tanto em anos de seca quanto de excesso de chuvas, o que reforça a necessidade de monitoramento constante e intervenções adequadas ao longo do ciclo.

Diante desse cenário, técnicos têm reforçado a importância de práticas de manejo integradas, com início ainda no tratamento de sementes e aplicações estratégicas de fungicidas durante os estágios mais vulneráveis da planta. O uso de ferramentas biotecnológicas, a rotação de culturas e a atenção ao histórico de doenças em cada área são medidas recomendadas para mitigar riscos e preservar o potencial produtivo.

Além dos desafios sanitários, o produtor segue atento às condições de mercado, ao câmbio e às políticas públicas que possam influenciar o custo de produção e a comercialização da próxima safra.

Com a safra atual ainda em andamento, o cenário para 2025/26 permanece sujeito a revisões. A combinação de preços, clima, logística e sanidade será determinante para confirmar ou ajustar as expectativas de expansão da soja no maior estado produtor do país.

Fonte: Pensar Agro

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